Vistas de página en total

martes, 28 de mayo de 2013

LATINVM AD LATRINAM (XI): LATÍN EN LATA


Me acaba de poner mi hermana sobre aviso de  que ya el profesor Francisco García Jurado  ha dado buena cuenta del tema en diversos artículos,  por lo que enlazo con su presentación divulgativa en slide y con su blog. Aunque los objetivos -científico versus semilúdico - son diferentes, doy lógicamente por vistos los tratados ampliamente por él (y si lo sé antes, me hubiera ahorrado la mitad). A ver si no me repito.
[Como he estado ausente muchos días leyendo, me ha dado tiempo a preparar las maletas para hacer  un pequeño tour por Europa, empezando por visitar a mis hermanos portugueses.]

            Aquilino Ribeiro es un novelista nacido en 1885 y  muerto hace 50 años, que en 1961 publicó sus memorias, Um escritor confessa-se, de sabor queiroziano. En ellas da cuenta de su paso por el seminario de Viseu (pero Beja en las memorias). Sobre si allí se aprendía latim de  verdad o uno de hojalata, se pode juzgar por la excepción del compañero Pinho Brandâo:

       O rapaz tinha  dado boa conta nas primeiras letras e nâo mentiu nos sequentes passos de preparatorista. Cedo se singularizou até pola boa memória. Em matéria  de meter no caco, era um barra: Foi assim que se tornou um ás nos latins, sendo sendo certo que o conhecemento desta língua depende do poder de retentiva, como sugere o ditado: conjuga e declina, saberás a língua latina.

       Nós, sempre que tropeçávamos na traduçâo  dos textos ou em qualquer amfiguri da linguagem, íamos ter com Brandâo. Ele, de duas palhetadas, tirava-nos de dificuldade. Mas nâo era apenas no latim-lataô que era mestre. Em qualquer autor clássico do Lácio ou obra didáctica em latim, navegaba com a prontidâo duma piroga na água morta dum río.

                   Este latín-latón debía ser una mezcla de reglas de gramática y píldoras eclesiales con pronunciación degenerada, de las que la propia masa estudiantil hacía burla:
                             - Repitam a ladainha!

          Repetíamo-la entaô em voz altisonante, tâo cheia de fervor como manobra de companha ao desferrar as velas. E, como un desconchavo chama outro, nós inventamos un ersatz para aquele ora pro nobis […] 
                    
                   -          Santa Maria!
                   -          Farrapos novos!
                   -          Santa Dei Genetrix
                   -          Farrapos novos!
                   -          Santa Virgo Virginum!
                   -          Farrapos novos

 
                 Mercê dos consonantes análogos, só muito ao pé se distinguiariam no feixe sonoro as vozes sacripantas

        El segundo problema – y más importante: para qué sirve el latín- que hay que abordar,  también lo toca de pasada, cuando debate en el Congresso de ex-seminaristas con el representante infiltrado del arzobispo de Évora:

- Tomo nota – acudi eu – que nâo foi para nos ajudar a encontrar soluçâo do problema que nos preocupa, que é acima de tudo do tempo e latim perdido

Y ambos, cuando  buscaba un oficio tras su marcha del seminario:

Falhou tambén a pretensâo a amanuense dos Caminhos de Ferro. Eram à volta de duas centenas os candidatos, porventura os mais deles portentos na matéria, onde o meu latim-latâo nâo tinha voz activa nem passiva E pela primeira vez reconheci o que significa no plano da vida prática mudar de rumo à procura dun oficio longe daquele para que se vinha batendo sola.
Para quien piense: “Ora essa! Vens-nos com coisas do tempo da Maria Cachucha o de El-Rei Sebastiâo? Agora é tudo de forma diferente”, le recomiendo echar un vistazo a esta auto-entrevista de Mário de Carvalho (ver autopregunta 8, con motivo de haber utilizado la expresión quia nominor leo poco antes). Ahora me voy, que tengo que buscar embarque hacia el Norte.

No hay comentarios:

Publicar un comentario